Partiste de novo e eu sem reforços. Reforcei-me. Arrependi-me. Deixei-me levar. Arrependi-me. O refúgio não pertence aos não amados. Pertence aos amados não enamorados. Não é um quarto escuro porque a chama continua acesa. E nem eu nem tu a conseguimos apagar. Até lá só a lágrima que não desce, permanece. O abraço continua o mesmo. O beijo continua o mesmo. As palavras que não saem do ouvido são no coração sentidas. Escrevo por o amor perdido. Que para mim fará sempre sentido. Pertenceste-me. Eu pertenci-te. Eu pertenço-te. E tu pertences-me. Não há mais junção de nada. Resta apenas a lembrança, o gostar de lembrar, a dor de recordar e o amar que não é nada mais do que amar.
É tudo o que resta de um ponto final que até aqui não era um parágrafo.
É tudo o que resta de um ponto final que até aqui não era um parágrafo.
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