Para quê ser o musgo do rochedo
Ou urze atormentada da montanha?
Se a arranca a ansiedade e o medo
E este enleio e esta angústia estranha.
E todo este feitiço e este enredo
Do nosso próprio peito?E é tamanha
E tão profunda a gente que o segredo
Da vida como um grande mar nos banha?
Pra quê ser asa quando a gente voa,
De que serve ser cântico se entoa,
Toda a canção de amor do Universo?
Para quê ser altura e ansiedade,
Se se pode gritar uma Verdade
Ao mundo vão nas sílabas de um verso?
Florbela Espanca- Pra quê? in Sonetos
Paisagem editora.
Edição: Maio de 1982
Ou urze atormentada da montanha?
Se a arranca a ansiedade e o medo
E este enleio e esta angústia estranha.
E todo este feitiço e este enredo
Do nosso próprio peito?E é tamanha
E tão profunda a gente que o segredo
Da vida como um grande mar nos banha?
Pra quê ser asa quando a gente voa,
De que serve ser cântico se entoa,
Toda a canção de amor do Universo?
Para quê ser altura e ansiedade,
Se se pode gritar uma Verdade
Ao mundo vão nas sílabas de um verso?
Florbela Espanca- Pra quê? in Sonetos
Paisagem editora.
Edição: Maio de 1982
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