quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

" Saudade Só "

Saudade Só

Hoje vieste ver-me a troco de um pensamento que não se esconde na ressonância adormecida num olimpo. Vieste e trazias um ramo de palavras cintilantes, flores que pacientemente escorrem entre o alfa e o omega como um perfume de tempo. Hoje a tua visita apareceu à janela do tempo que a paisagem do nosso olhar incendeia num vespertino silêncio. De corpo cansado das pedras que colhi na paisagem transparente erguida adormeci na pausa tão perfeitamente adormecida do nosso paraíso que tarda a acontecer. Hoje vieste ver-me E, sem ter de tocar no mármore da paixão, contigo fui devagar ver o tempo passado para nele escrever o tempo do amor voz da nossa idade que nossos olhos cantam no canto do nosso olhar.

Carlos Melo Santos, in "Lavra de Amor"

Este poema, sim, porque é um poema so que aqui está em prosa ( lol ), tem uma história que para mim é bastante marcante.
Ainda bem que gostaste tanto do poema como eu, pena que agora, actualmente, até as coisas mais simples, como um pedaço de papel com algo escrito, não te fascinem.

Cheers também para ti.

1 comentário:

  1. Há pessoas que nos desiludem bastante, infelizmente. Esperemos que, ao contrário dessas, consigamos superar as nossas próprias espectativas sobre as nossas capacidades e ultrapassar isso mesmo.

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