domingo, 26 de dezembro de 2010

Dia Não

Sei que fui injusta, mas também sei que não posso contar o que sinto porque alguém sai magoado com as minhas palavras, e eu não ia aguentar mais esse peso.
As palavras fluiram da minha boca porque eu não sabia como lidar. Já não sei o que pensar, e sei que fui injusta nessas palavras. Sei que disse muita coisa que não sentia e que não devia. Mas também sei que não deveria ter ouvido algumas coisas.
O juntar das situações torna-se incrivelmente desconfortante e algum dia teria que dar o grito.
Sei perfeitamente que se torna ridiculo pensar e assumir tudo isto, tendo eu 20 anos. Sei perfeitamente que se espera que haje e que pense como uma adulta nestas situações. Mas eu não me sinto como tal, e embora saiba que possa ser infantil sujeitar-me a esse tipo de situações, sinto que é a calar-me que tenho que ouvir e ver.
É um jogo que não quero levar adiante porque não estou pronta. Sinto-me com contradições na minha pequena mente, e sinto que nao as devo sustentar. Não quero ser feita de contradições, nem de ilusões, nem de conversas ilusórias que a novela da minha cabeça faz a cada 10 segundos.
Quero ser normal, quero ter uma vida, quero poder queixar-me do trabalho ao fim do dia e das contas que tenho que pagar. Pressa de crescer? provavelmente...assim o fui obrigada.

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