quarta-feira, 26 de agosto de 2009

" E quando finalmente a vejo sair de casa, sinto um estranho formigueiro percorrer-me as costas, uma sensação completamente nova para mim. Ela detém-se nos degraus, e eu fico a vê-la virar-se, dando a ideia de que está a olhar na minha direcção. Fico paralisado sem motivo- sei que é impossível ela ver-me. Do meu poiso, vejo a Savannah a fechar a porta silenciosamente atrás de si. Desce lentamente os degraus e deambula até ao centro do pátio.
Aí pára e cruza os braços, deitando uma olhadela por cima do ombro para ter a certeza de que não veio ninguém atrás dela. Por fim, parece descontrair-se. E então sinto-me como se estivesse a presenciar um milagre, quando, com extrema lentidão, a vejo a virar o rosto ao luar. Observo-a a contemplar a lua cheia, a sentir a corrente de emoções que ela desencadeou e a desejar apenas dizer-lhe que me encontro aqui. Porém, ao invés, deixo-me ficar onde estou e dirijo também o olhar para a Lua. E, por um breve instante, quase tenho a sensação de que estamos novamente juntos."


Nicholas Sparks, Juntos ao Luar.


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